quinta-feira, 31 de março de 2011

The Internet: An Ethnographic Approach (1)

Depois de um longo e tenebroso inverno, voltei para ficar! (Assim espero e planejo)

Para abrir a nova fase com chave de ouro, resolvi colocar meus resumos do livro "The Internet: An Ethnographic Approach", do Daniel Miller e do Don Slater. Comecei e parei de ler este livro inúmeras vezes, mas agora, com afinco, partido do seu princípio, voltei a lê-lo e a escrever os resuminhos que são um misto de excerto do texto, com adaptações devido à tradução, e algumas impressões minhas.

Desculpem-me pela falta de atenção às regras da ABNT, pois aviso desde início que estes resumos possuem caráter completamente informal!

O meu interesse pela leitura do mesmo surgiu através da busca por literatura do pensamento social/antropológico a respeito da internet e do consumo. Acabei encontrando um artigo muito interessante do Miller sobre cultura material (estou sem a referência de cabeça, mas prometo que colocarei em outra oportunidade), no qual ele fazia inúmeras referências a este livro, um dos poucos (senão o único) que utiliza a abordagem etnográfica para tratar de forma profunda e holística a relação sociedade e Internet.

Os resumos estão seguindo a ordem dos capítulos e seções do livro (os quais mantive o nome em inglês para facilitar a localização - já que não estou usando as referências de acordo com a norma)

Colocarei em doses homeopáticas!

As portas estão abertas para o diálogo e reflexão!

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1. Conclusions
                Os autores iniciam o livro como uma pergunta que sem dúvida alguma deve vir à cabeça do leitor ao descobrir onde se passa a etnografia do livro: “Why should we do na ethnography of the Internet in Trinidad, or of Trinidad on the Internet?”. Para justificar a escolha eles partem então para a definição do que estão considerando como Internet e como a peculiaridade deste objeto pode trazer aprendizados através de estudos particulares.
Ao contrário do que a primeira geração da literatura sobre internet coloca, para os autores, a internet não é um cyberespaço monolítico e sem lugar, trata-se antes de diferentes tecnologias, usadas por diversas pessoas, em diversos lugares do mundo real, ou seja, existem muitas coisas que podem ser apreendidas através da abordagem antropológica e etnográfica sobre a internet, a partir da investigação de como a internet e as tecnologias que a circundam estão sendo entendidas e assimiladas em lugares particulares.
Na realidade, a premissa da abordagem etnográfica não é somente a de lançar luz sobre o outro, mas de que não se pode entender um sem o outro, neste sentido, o estudo de Daniel Miller e Don Slater irá mostrar que ser trinitino está integrado ao entendimento do que a Internet representa nesse lugar em particular; e o uso da internet está engendrado no significado de ser trinitino, mantendo a devida sensibilidade à complexidade e diferença embebidas em cada termo. Desta forma, eles não estão apenas procurando o significado do uso da internet ou o impacto dos novos meios de comunicação; é mais do que isso: eles estão preocupados em perceber os esforços dos membros de uma cultura específica em serem eles mesmos frente às profundas e constantes mudanças dos meios de comunicação, querem apreender as dinâmicas e os mecanismos usados por estes para se encontrar neste meio e ao mesmo tempo moldá-lo segundo a sua própria imagem.
Para eles, esta etnografia particular não representa uma limitação, mas é a única base sólida para construir generalizações e abstrações maiores, como por exemplo, ao servir de base comparativa para outros estudos de caso. O pensamento social pouco ganhou ao voltar-se para as generalizações acerca do cyberespaço, mas pode ganhar muito ao produzir materiais que permitirão o entendimento de universos sociais diferentes e as possibilidades técnicas que se desenvolveram em torno da internet.

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